Misoprostol

Misoprostol é um medicamento usado em hospitais para interrupção de gravidez. Devido à sua forma de ação, os seus efeitos colaterais e as suas contraindicações, o uso deste medicamento é estritamente controlado e não deve ser administrado sem acompanhamento médico.

Este medicamento é vendido exclusivamente para hospitais e desde 2022 teve a sua venda em sites proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Continue a sua leitura até o fim e saiba o porquê não é legal comprar misoprostol.

Para que serve misoprostol?

Misoprostol serve para interromper a gravidez em casos muito específicos, tais como:

  • risco de vida para a mãe;
  • feto morto antes de 30 semanas de gestação;
  • em abortos legais.

No Brasil, a automedicação de misoprostol é considerada crime, pois caracteriza o aborto ilegal. Além disso, este medicamento tem algumas contraindicações importantes, que só o médico sabe reconhecer e avaliar.

Quem não pode tomar misoprostol?

Misoprostol é um medicamento desenvolvido exclusivamente para a saúde da mulher. Sendo assim, é contraindicado para homens, crianças, idosos e também para mulheres que tenham as seguintes condições:

  • cicatriz uterina;
  • parto cesáreo anterior;
  • doença vascular cerebral (AVC);
  • doença coronariana.

Misoprostol não deve ser usado quando houver a ingestão de qualquer medicamento anti-inflamatório em um período de 24 horas, ou então, para quem já teve alergia a qualquer componente da fórmula. Os comprimidos são formados por: dióxido de silício coloidal, celulose microcristalina 101, lactose, croscarmelose sódica, sorbitol e talco.

Este medicamento nunca deve ser usado em casa ou em outros ambientes, que não seja um hospital. Dentro de 30 minutos a 2 horas após a administração, o medicamento começará o seu efeito e, neste momento, deve existir um acompanhamento médico rigoroso.

Quais os efeitos colaterais do misoprostol?

Após o uso de misoprostol, alguns efeitos esperados podem surgir: 

  • sangramento prolongado e abundante;
  • dor abdominal;
  • diarreia;
  • gases (flatulência);
  • enjôo (náusea);
  • vômito; 
  • cansaço (fadiga);
  • dor de cabeça (cefaleia);
  • febre;
  • desmaios;
  • batimentos cardíacos irregulares;
  • e calafrios.

Após a expulsão do feto, os efeitos tendem a diminuir, mas também podem se prolongar por até 48 horas. Esse tempo varia conforme o tempo de gestação e as condições de saúde atuais da pessoa que tomou misoprostol.

Caso a dose utilizada seja excessiva (superdosagem) há também o risco de hipóxia (quantidade baixa de oxigênio no cérebro) e rabdomiólise (ruptura de fibras musculares, liberadas na corrente sanguínea). Por este motivo, também, é importante haver um acompanhamento médico rigoroso para usar misoprostol.

Como usar misoprostol?

Misoprostol está disponível em comprimidos que devem ser introduzidos pela vagina. Como devem ser inseridos no fundo do saco vaginal, um lugar bastante difícil de alcançar sozinha, é imprescindível que seja feito por um especialista.

Há comprimidos vaginais de misoprostol nas concentrações de 25mcg, 100mcg e 200mcg. A dose inicial para indução do parto é de 1 comprimido de 25mcg, podendo repetir a dose depois de 6 horas, caso seja necessário.

Conforme o motivo da interrupção e as condições de saúde da paciente, o médico pode escolher concentrações maiores e mais repetições de dose. Contudo, segundo a bula de misoprostol, o limite máximo por dia é de 200 mcg.

O misoprostol é um medicamento indicado para a resolução de um fato isolado, sendo perigoso para o uso recorrente. Caso o médico perceba a necessidade, ele pode recomendar um tratamento específico com medicamentos para distúrbios ginecológicos.

Como o misoprostol funciona?

O misoprostol funciona estimulando as contrações uterinas e dilatando o colo do útero. Com contrações mais fortes, ritmadas e o canal uterino mais flexível, o que está no útero é eliminado.

Este medicamento imita a ação de uma espécie de hormônio produzido naturalmente pelo corpo, chamado prostaglandina. Essa substância atua diretamente nas contrações uterinas. Entretanto, o misoprostol é sintético, ou seja, é produzido industrialmente. 

Essa produção faz com que o tempo de ação das contrações seja maior no organismo. E isso é um dos fatores, que pode trazer riscos à mulher, caso seja usado indevidamente e sem acompanhamento especializado.

Principais dúvidas sobre misoprostol?

Quanto tempo o misoprostol começa a fazer efeito?

O tempo de início de efeito do misoprostol pode variar de pessoa para pessoa. Após sua administração, o efeito pode ser percebido em 20 minutos ou até em 6 horas. A dose utilizada, o motivo de uso e a condição de saúde são fatores que determinam o tempo de início e o efeito total do medicamento.

Quem pode administrar misoprostol?

Misoprostol deve ser administrado somente por um médico especialista. Este medicamento deve ser inserido pela vagina e deve permanecer em um local difícil de ser alcançado pela própria pessoa. A sua inserção, quando feita de maneira incorreta, pode causar riscos à saúde.

Qual o valor do misoprostol?

Não é possível comprar misoprostol em farmácias, pois ele só é vendido para hospitais. Ele pode custar de R$ 780,00 até R$ 2.600,00. 

Precisa de receita para comprar misoprostol?

O misoprostol é um medicamento de uso controlado. Isso significa que precisa de uma receita médica específica para usá-lo. Como a venda é exclusiva para hospitais e só deve ser usado com autorização e supervisão médica, não é possível obter essa receita com médicos que não trabalhem em ambientes hospitalares.

Onde comprar misoprostol?

Misoprostol é vendido somente para hospitais. Você não o encontrará em farmácias normais, sejam elas físicas ou online. Por isso, desconfie de locais ou pessoas que queiram vendê-lo a você. Este medicamento pode ter sido adquirido de maneira criminosa, em hospitais ou por meio de um mercado clandestino. 

Antes de optar por tomar qualquer medicamento, o ideal é conversar com um médico. Dessa forma, ele pode avaliar as necessidades individuais de cada caso, orientar e recomendar o tratamento ou a conduta mais adequada. Nunca se automedique, pois pode ser perigoso para a sua saúde e a sua qualidade de vida. Busque informações em locais de confiança e autorizados pela agência reguladora do país, que é a ANVISA.

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