Psoríase: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

Psoríase (CID L40) é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 

Caracterizada por placas vermelhas, descamativas e frequentemente dolorosas, essa condição pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. 

Mas, afinal, como identificar a psoríase e quais precauções tomar? Aqui, falaremos sobre os sintomas, tratamentos e outras dicas fundamentais para entender melhor sobre essa condição e manter sua saúde em dia.

Boa leitura!

O que é psoríase?

A psoríase é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca erroneamente células saudáveis da pele, acelerando o ciclo de vida dessas células. Esse processo resulta em um rápido acúmulo de células na superfície da pele, formando escamas prateadas e manchas vermelhas que podem causar coceira ou dor. 

A gravidade da doença pode variar significativamente, desde pequenas manchas localizadas até grandes áreas da pele cobertas por lesões.

Existem vários tipos de psoríase, cada um com características distintas:

• Psoríase em placas: o tipo mais comum, caracterizado por lesões vermelhas e escamosas;
• Psoríase guttata: os sintomas da psoríase guttata podem incluir pequenas manchas em forma de gota, geralmente desencadeadas por infecções bacterianas como a faringite estreptocócica;
• Psoríase inversa:  afeta dobras cutâneas, como axilas, virilha e sob os seios, causando lesões lisas e inflamadas;
• Psoríase pustulosa: caracterizada por pústulas não infecciosas cercadas por pele vermelha;
• Psoríase eritrodérmica: um tipo raro que pode cobrir grandes áreas do corpo com uma erupção vermelha e descamativa.

Os sintomas da psoríase podem atrapalhar a vida dos pacientes e também mexer com a autoestima. 

Para se sentir melhor, além de seguir as recomendações médicas, tirar um tempo para cuidar do cabelo, das unhas ou de qualquer outra parte do corpo que te faça bem, é fundamental. Mas não se esqueça de conferir com seu médico quais produtos você pode ou não utilizar nos seus rituais de beleza!

Quais os sintomas mais e menos comuns da doença?

Os sintomas da psoríase variam amplamente entre os pacientes e dependem do tipo específico da doença. Aqui estão os sintomas mais comuns:

• placas vermelhas na pele:  cobertas por escamas prateadas, estas placas podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e parte inferior das costas;
• ressecamento e rachaduras na pele: os sintomas de psoríase como ressecamento e as rachaduras na pele muitas vezes vêm acompanhadas de sangramento;
• coceira, queimação e dor: podem variar de leve a severa, afetando a qualidade de vida;
• unhas espessadas, esburacadas ou com sulcos: a psoríase pode afetar as unhas, tornando-as frágeis e deformadas;
• articulações rígidas e inchadas: sintomas de artrite psoriásica, uma condição que afeta cerca de 30% das pessoas com a doença.

Entre os sintomas menos comuns, estão:

• pequenas manchas vermelhas: associadas à psoríase guttata, muitas vezes após uma infecção estreptocócica;
• bolsas de pus: características da psoríase pustulosa, que podem surgir em áreas isoladas ou espalhadas pelo corpo.
• descamação intensa da pele: observada na psoríase eritrodérmica, que pode causar uma inflamação severa e afetar grandes áreas do corpo.

Além do tratamento para psoríase, diversas outras doenças podem exigir tratamentos específicos, com medicamentos especiais. Assim, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são essenciais para garantir a eficácia do tratamento, evitando complicações e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Quais as causas da psoríase?

A causa exata da psoríase ainda é desconhecida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais desempenhe um papel crucial no seu desenvolvimento. Entre os principais fatores estão:

• genética: a psoríase tende a ocorrer em famílias, sugerindo uma predisposição genética. Se um dos pais tem psoríase, o risco do filho desenvolver a doença aumenta;
• sistema imunológico: essa é uma doença autoimune, onde o sistema imunológico ataca as células saudáveis da pele, resultando em inflamação e produção excessiva de células cutâneas;
• fatores ambientais: certos fatores podem desencadear ou agravar a psoríase, como infecções (especialmente infecções estreptocócicas), estresse, clima frio e seco, lesões na pele (fenômeno de Koebner), tabagismo e consumo excessivo de álcool;
• medicamentos: alguns medicamentos, incluindo lítio, antimaláricos e betabloqueadores, podem desencadear ou piorar a psoríase.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da psoríase geralmente é clínico, baseado na aparência das lesões cutâneas e no histórico médico do paciente. Os passos típicos no processo de diagnóstico incluem:

• exame físico: o dermatologista examina a pele, o couro cabeludo e as unhas do paciente para identificar lesões características da psoríase;
• histórico médico: o especialista pode perguntar sobre a história familiar de psoríase e quaisquer fatores desencadeantes conhecidos, como estresse ou infecções recentes;
• biópsia da pele: em casos duvidosos, uma pequena amostra de pele pode ser removida (biópsia) e examinada ao microscópio para confirmar o diagnóstico. A biópsia pode ajudar a diferenciar a psoríase de outras condições cutâneas com sintomas semelhantes, como dermatite ou infecções fúngicas.

Quais são os tratamentos para psoríase?

Embora a psoríase não tenha cura, existem várias opções de tratamento que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

As opções de tratamento incluem tratamentos tópicos, com cremes e pomadas aplicadas diretamente nas lesões cutâneas. Esses são, frequentemente, o primeiro passo no tratamento da psoríase leve a moderada. 

O tratamento pode incluir uso de:

• corticosteróides para reduzir a inflamação e aliviam a coceira;
• análogos da vitamina D que ajudam a desacelerar o crescimento das células da pele;
• retinóides, derivados da vitamina A, que podem ajudar a normalizar a proliferação celular;
• inibidores de calcineurina que reduzem a atividade do sistema imunológico e são úteis em áreas sensíveis, como face e dobras cutâneas.

Tratamentos sistêmicos

Para psoríase moderada a grave, tratamentos sistêmicos são recomendados, esses incluem medicamentos orais ou injetáveis que afetam todo o corpo, incluindo:

• metotrexato, um imunossupressor que reduz a inflamação;
• ciclosporina, que também é um imunossupressor que pode ser eficaz, mas deve ser usado a curto prazo devido a potenciais efeitos colaterais;
• medicamentos biológicos, que visam partes específicas do sistema imunológico. Por exemplo: adalimumabe, etanercepte e infliximabe.

A fototerapia, que consiste na exposição controlada à luz ultravioleta, também é uma aliada ao tratamento, ajudando a reduzir os sintomas da psoríase. A terapia UVB (ultravioleta B) de banda estreita é uma forma comum de fototerapia que pode ser administrada em clínicas dermatológicas ou por meio de dispositivos domésticos sob supervisão médica.

Além dos tratamentos médicos, mudanças no estilo de vida e cuidados diários com a pele são fundamentais para o controle da psoríase. Recomenda-se manter a pele hidratada, evitar fatores desencadeantes conhecidos e adotar uma dieta equilibrada e saudável. 

Viva melhor com a psoríase sob controle!

A psoríase é uma condição desafiadora, mas com o diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

Se você suspeita que tenha psoríase ou se recebeu recentemente o diagnóstico, consulte um dermatologista para desenvolver um plano de tratamento personalizado que atenda às suas necessidades específicas. Informação e cuidados contínuos são essenciais para viver bem com a doença.

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