A depressão (CID F33) é uma condição de saúde mental complexa, caracterizada pela sensação persistente de tristeza e perda de interesse em atividades antes prazerosas, podendo interferir nas atividades diárias e no bem-estar geral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) a classifica como uma doença psiquiátrica crônica e afirma que ela acomete mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo especialistas, é denominada síndrome, pois engloba uma ampla gama de manifestações clínicas e pode variar de pessoa para pessoa.
Vamos entender os diferentes tipos de depressão, os principais sintomas e as opções de tratamento disponíveis!
É um transtorno mental caracterizado por uma profunda alteração no humor e uma redução significativa de energia e atividade. Os sintomas podem variar em intensidade, mas, de forma geral, incluem sentimentos persistentes de tristeza e perda de interesse nas atividades diárias, além de alterações no sono e no apetite.
É importante ressaltar que a gravidade do quadro é avaliada segundo a quantidade e a intensidade dos sintomas apresentados, o que ajuda a direcionar o diagnóstico e o tratamento para depressão de forma mais assertiva.
Embora frequentemente confundidas, são condições distintas. A ansiedade envolve preocupação e nervosismo constantes, com sintomas como inquietação e pensamentos acelerados. Já a depressão é marcada principalmente pela tristeza persistente e pela falta de energia. Apesar das diferenças, essas duas condições podem coexistir, intensificando os sintomas e dificultando o diagnóstico.
A tristeza é uma emoção natural e passageira que surge em resposta a eventos desagradáveis. A depressão, por outro lado, é uma condição clínica que persiste por semanas ou até meses, com sintomas físicos e emocionais mais graves. Na síndrome, não é necessário um motivo específico para que o sentimento de desânimo permaneça, sendo acompanhado de alterações nos padrões de sono, apetite e energia.
As causas costumam ser complexas e variadas, envolvendo fatores genéticos, químicos e ambientais. Acredita-se que predisposições genéticas e alterações químicas no sistema nervoso central estejam entre os fatores que contribuem para o surgimento da condição, que se manifesta como um dos principais problemas de saúde mental atualmente.
A síndrome que pode se manifestar de várias maneiras e com diferentes níveis de intensidade. Confira a seguir alguns dos tipos mais comuns:
Um episódio depressivo é um período em que a pessoa passa a ter alterações no comportamento, geralmente caracterizado por sintomas como tristeza, falta de energia, desânimo e ausência de prazer em atividades que antes eram interessantes.
Quando os sintomas depressivos persistem por mais de seis meses ou são recorrentes, é considerado que a pessoa possa estar enfrentando uma depressão profunda ou transtorno depressivo maior. Esse quadro é mais grave e, muitas vezes, está relacionado a fatores hereditários.
Nesse tipo, a síndrome depressiva é uma fase que se alterna com períodos de euforia. Durante os episódios depressivos, os sintomas são semelhantes aos de um episódio depressivo comum, enquanto os períodos de euforia incluem agitação, envolvimento em várias atividades e foco intenso em determinados assuntos.
A distimia é uma forma crônica e menos intensa da síndrome, mas com sintomas que podem durar por anos, como desinteresse em atividades cotidianas, sensação de desesperança e produtividade reduzida.
Ela é mais comum durante determinadas épocas do ano, como o inverno, em que há menor exposição à luz solar. Situações como o fim de ano, com o aumento do estresse, também podem desencadear episódios.
A depressão pós-parto ocorre em algumas mulheres após o nascimento do bebê, se caracterizando por tristeza profunda e desesperança. Além das alterações hormonais, outros fatores emocionais podem contribuir para esse quadro.
Esse tipo é uma forma rara e grave, que inclui sintomas como delírios e alucinações, tornando o diagnóstico mais complexo.
Os sintomas na adolescência podem ser confundidos com alterações comportamentais típicas da idade, mas a irritabilidade, perda de interesse e isolamento social são sinais que exigem atenção.
Na infância, sintomas como mau humor, irritabilidade e perda de interesse nas atividades são comuns. Além disso, fatores como bullying e conflitos familiares podem potencializar o desenvolvimento da doença em crianças.
Durante a menopausa, a síndrome pode se manifestar principalmente por meio de irritabilidade, sensação de desamparo e até sintomas físicos, como dores no corpo e cefaleia.
A modalidade gestacional afeta muitas mulheres durante a gravidez, sendo associada às mudanças hormonais e ao estresse. Mulheres com sintomas persistentes devem procurar apoio especializado.
Os sintomas variam de acordo com a personalidade, o histórico e a idade da pessoa. Em geral, os sintomas são:
Além desses sintomas emocionais, algumas pessoas experimentam manifestações físicas, como dores de barriga, azia, má digestão, constipação, tensão na nuca e ombros, dores de cabeça e até queda da imunidade.
O diagnóstico é realizado por um profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra, que avalia os sintomas e considera o histórico de vida do paciente. A síndrome é classificada como leve, moderada ou grave.
Buscar ajuda médica é essencial, e o diagnóstico pode ser complementado com exames físicos, de sangue e neurológicos para descartar causas físicas. Pessoas que têm histórico de doenças graves, conflitos familiares ou abuso de substâncias podem estar mais suscetíveis à doença e devem procurar um clínico geral, psiquiatra ou psicólogo.
Se você ou alguém que você conhece sente sintomas de depressão, o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional e sigiloso por meio do telefone 188, disponível 24 horas por dia, todos os dias.
Os tratamentos geralmente incluem psicoterapia e, em alguns casos, medicação. A terapia pode ajudar o paciente a identificar os fatores que agravam a condição e a desenvolver estratégias para lidar com eles. Além disso, a prática de atividades físicas pode auxiliar na redução dos sintomas.
Os medicamentos mais indicados, sempre com prescrição médica, incluem antidepressivos como Cloridrato de Sertralina 50mg, Cloridrato Fluoxetina 20mg e Hemifumarato de Quetiapina 25mg. É fundamental seguir as orientações do profissional e evitar a automedicação.
Com o diagnóstico adequado e o tratamento correto, é possível que a pessoa tenha uma recuperação completa. Os avanços nos tratamentos, especialmente com medicamentos de última geração, aumentam significativamente as chances de controle dos sintomas, proporcionando qualidade de vida ao paciente.
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