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Saiba por que as dores de cabeça são mais comuns em mulheres

Saiba por que as dores de cabeça são mais comuns em mulheres

08/03/2024
4 min. de leitura

Quem é adulto já sentiu, pelo menos uma vez, aquela sensação de desconforto extremo que pode afetar atividades diárias como estudos e trabalho. É a dor de cabeça, conhecida também como cefaléia. Se você já teve a sensação de que a ocorrência de dores de cabeça é uma queixa mais comum nas mulheres, saiba que não é apenas uma impressão.

Estudos têm comprovado que as mulheres são as que mais sofrem deste mal. Dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, por exemplo, indicam que as dores crônicas na região do crânio atingem cerca de 20% das mulheres no país. Nos homens, a porcentagem diminui para entre 5% e 10%.

Entre as dores de cabeça mais relatadas pelas mulheres, destacam-se:

  • Cefaleia tensional: provoca uma dor de leve a moderada, similar a  uma fita apertada em torno da cabeça.
  • Enxaqueca: provoca dor de forte a moderada, que pode ser acompanhada por sensibilidade à luz e ao som, além de enjoo e náusea.

A frequência, a duração e a intensidade das dores de cabeça tendem a ser maiores em mulheres por estarem relacionadas ao ciclo hormonal feminino, de acordo com a neurologista Denise Leal. “Muitas pesquisas apontam que alterações nos níveis de hormônios durante a menarca (primeira menstruação), menstruação, gravidez e menopausa podem afetar a frequência da enxaqueca e outros tipos de dores de cabeça. Antes da puberdade, a frequência de dores de cabeça costuma ser a mesma para meninos e meninas”, afirma a médica.

É por isso que a dor de cabeça em mulheres é mais comum em mulheres em idade fértil, período compreendido entre a primeira e a última menstruação. Durante a gestação e após a menopausa, as dores de cabeça tendem a diminuir de frequência ou até mesmo desaparecer.


A neurologista explica ainda que as mulheres têm um tipo diferente de enxaqueca, que é puramente menstrual: são crises que ocorrem exclusivamente entre os primeiros dois dias antes da menstruação até três dias depois do término do sangramento.

“O uso de terapia hormonal oral e anticoncepcional é um fator que pode piorar as dores de cabeça pela flutuação hormonal que causam. Isso vai depender muito do tipo de hormônio utilizado, pois existem diferentes combinações de hormônios. Algumas têm doses intermediárias e mais estáveis ao longo do ciclo, o que pode até melhorar a frequência das dores de cabeça”, diz Denise.

Medidas para prevenir dores de cabeça

  • Hidratação: a desidratação pode ser um gatilho para as dores de cabeça, por isso, beber água regularmente e manter-se hidratada é importante para evitar os sintomas.
  • Alimentação balanceada: consumir alimentos ricos em magnésio, como nozes, sementes e vegetais de folhas verdes, além de evitar pular refeições, pode ajudar a evitar dores de cabeça.
  • Descansar adequadamente: a privação de sono é um dos fatores que podem desencadear dores de cabeça. Manter uma rotina de descanso regular, com oito  horas diárias de descanso, é importante para evitar as dores de cabeça.
  • Atenção à postura e à ergonomia: se você trabalha em frente ao computador por longos períodos, ajuste a altura da tela e a posição da cadeira para evitar tensões no pescoço e na cabeça.

Tratamentos para dor de cabeça em mulheres

Ainda que a maioria das dores de cabeça não preocupe e possa ser tratada em casa com analgésicos comuns, evite a automedicação e consulte um profissional da saúde para receber orientações específicas. Conheça os sintomas indicadores de que você deve agendar uma consulta com o neurologista:

  • Dor de cabeça súbita e intensa, muitas vezes descrita como “a pior dor de cabeça da vida”.
  • Dor de cabeça acompanhada de sintomas como dormência em um lado do corpo ou fraqueza em uma parte do corpo, dificuldade de fala, alterações na visão, dificuldade de coordenação ou convulsão.
  • Dor que vai piorando ao longo do tempo de intensidade e causa náuseas e vômitos ao acordar.
  • Dor de cabeça que é desencadeada por atividades como tossir, espirrar, fazer esforço físico ou durante a relação sexual.
  • Dor de cabeça que ocorre com febre, rigidez na nuca ou confusão mental, pois pode ser sintoma de meningite.

Outros tipos de dor de cabeça, ainda que não tão preocupantes, também devem ser levados ao conhecimento do neurologista para investigação e indicação de tratamento adequado:

  • Dores frequentes (semanais), com uso recorrente de analgésicos.
  • Dores que não melhoram com analgésicos comuns.
  • Dores que atrapalham os estudos ou trabalho.
  • Dores que provocam faltas ao trabalho ou evitam que a pessoa se exercite ou exerça sua vida social,

“Existem tratamentos para diminuir a frequência das dores de cabeça, o que impacta significativamente na qualidade de vida do paciente. Na dúvida, procure um neurologista pois ninguém merece viver com dor”, orienta a doutora Denise.

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