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Mamografia: um exame essencial para a detecção precoce do câncer de mama

Mamografia: um exame essencial para a detecção precoce do câncer de mama

18/02/2025
4 min. de leitura

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, excluindo os tumores de pele não melanoma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 73.610 novos casos da doença para cada ano do triênio 2023-2025, o que representa uma incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres.

Fundamental na detecção precoce do câncer de mama, a mamografia é um exame de raio-X das mamas capaz de identificar nódulos e outras alterações antes mesmo que sejam percebidos ao toque. Essa detecção precoce é essencial, pois permite que o tratamento seja iniciado em estágios iniciais, aumentando significativamente as chances de cura e reduzindo a necessidade de procedimentos mais agressivos, como mastectomias radicais ou quimioterapia intensiva.

Com que idade devo começar a fazer a mamografia?

As recomendações para a realização da mamografia variam conforme as diretrizes adotadas. No Brasil, existem diferenças entre as orientações do Ministério da Saúde e das sociedades médicas especializadas.

Para mulheres sem histórico familiar de câncer de mama:

  • O Ministério da Saúde, por meio do INCA, recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia de rastreamento a cada dois anos.
  • A Sociedade Brasileira de Mastologia e outras entidades médicas sugerem o início da mamografia a partir dos 40 anos, com periodicidade anual.

Para mulheres com histórico familiar de câncer de mama:

  • O rastreamento deve começar mais cedo, geralmente 10 anos antes da idade em que o câncer foi diagnosticado em um parente de primeiro grau (mãe ou irmã).
  • Caso a mãe tenha sido diagnosticada com câncer de mama aos 45 anos, a recomendação é iniciar os exames aos 35 anos.
  • Mulheres com histórico familiar podem precisar de exames complementares, como ressonância magnética, além da mamografia.

Além da idade e do histórico familiar, outros fatores de risco podem influenciar a recomendação para mamografias mais precoces ou frequentes. Entre esses fatores estão: 

  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Uso prolongado de hormônios
  • Primeira menstruação antes dos 12 anos ou menopausa tardia (após os 55 anos).

Mamografia de rastreamento x mamografia diagnóstica

É importante diferenciar a mamografia de rastreamento e a mamografia diagnóstica:

  • Mamografia de rastreamento: indicada para mulheres sem sintomas, com o objetivo de identificar lesões suspeitas precocemente.
  • Mamografia diagnóstica: realizada quando há sinais clínicos como nódulos palpáveis, dor persistente ou alterações visíveis na pele ou no mamilo.

Se uma alteração for detectada na mamografia de rastreamento, exames adicionais, como ultrassonografia ou biópsia, podem ser solicitados para uma avaliação mais detalhada.

Precisão da mamografia e exames complementares

Embora a mamografia seja o principal exame para rastreamento do câncer de mama, ela não é infalível. Em alguns casos, especialmente em mulheres com mamas densas, pequenas alterações podem passar despercebidas.

O oncologista Alexei Peter dos Santos, mestre em Educational Technology pela Universidade da British Columbia, Vancouver - Canadá, enfatiza a importância de avaliações individualizadas:

"O exame de rastreamento só começa o processo. Ele não necessariamente é definitivo. Às vezes, a mamografia não determina a lesão, mas o médico palpou, achou, a paciente notou. Tem outras coisas que vão ser discutidas naquele momento."

Quando a mamografia não consegue fornecer um diagnóstico conclusivo, exames complementares podem ser necessários, como:

  • Ultrassonografia mamária: especialmente útil para diferenciar nódulos sólidos de cistos benignos.
  • Ressonância magnética: indicada para mulheres com alto risco de câncer de mama ou quando há dúvidas nos exames anteriores.

A importância da detecção precoce do câncer de mama

Detectar o câncer de mama em estágio inicial faz toda a diferença no tratamento e prognóstico. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura superam 90%. Além disso, os tratamentos costumam ser menos invasivos e com menos efeitos colaterais.

A mamografia continua sendo a principal ferramenta na prevenção do câncer de mama, reduzindo significativamente a mortalidade associada à doença. Seguir as orientações médicas e realizar o exame dentro das faixas etárias recomendadas são passos essenciais para a saúde feminina.

Conscientização e prevenção do câncer de mama

Além da mamografia, algumas medidas ajudam na prevenção do câncer de mama:

  • Manter uma alimentação saudável e equilibrada.
  • Praticar atividades físicas regularmente.
  • Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo.
  • Amamentar, se possível, pois isso reduz o risco da doença.
  • Estar atenta a qualquer alteração nas mamas e procurar um médico ao notar mudanças.

O autocuidado e o acompanhamento médico são fundamentais. A informação é uma grande aliada na luta contra o câncer de mama, permitindo que mais mulheres tenham acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.

Dr. Alexei Peter dos Santos

Médico oncologista, mestre em “Educational Technology” pela Universidade da British Columbia (Vancouver - Canadá). É presidente do Instituto de Inovação e Ensino em Saúde (Intes) e da Aliança Internacional para Redução de Agravos em Saúde (Airas). Também é embaixador da African Global Health no Brasil e médico colaborador do Instituto Camaleão.

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