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Uso excessivo de telas pode impactar na saúde mental de crianças e adolescentes

Uso excessivo de telas pode impactar na saúde mental de crianças e adolescentes

11/09/2024
5 min. de leitura

Seja em forma de celular, televisão ou computador, as telas podem afetar a forma como as crianças e adolescentes aprendem, pensam e se comportam.  Neste Setembro Amarelo, dedicado à campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, é importante que os pais avaliem os riscos e benefícios dos dispositivos digitais para a saúde mental dos flhos e estimulem a adoção de hábitos em busca de um equilíbrio saudável.

O professor do curso de Psicologia da Universidade Feevale Marcus Levi Lopes Barbosa explica que os principais perigos do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes têm sido amplamente estudados e incluem impactos na saúde mental, física e no desenvolvimento social. Ele enumera os principais riscos identificados pela literatura científica:

  • Sintomas de ansiedade, depressão e menor bem-estar psicológico.
  • Interferência na qualidade e na duração do sono, principalmente quando as telas são usadas à noite.
  • Dificuldades de concentração, problemas de atenção e um impacto negativo no desenvolvimento cognitivo.
  • Cansaço visual, dores de cabeça e, em casos extremos, pode contribuir para o desenvolvimento de miopia.
  • Dificuldades na socialização, isolamento social e aumento do comportamento sedentário, o que está relacionado à obesidade infantil.

“Esses riscos são amplificados pelo tempo excessivo de exposição e pela falta de supervisão e orientação adequada dos pais ou responsáveis. Contudo, é importante também considerar que o uso de telas não é sempre prejudicial e pode trazer benefícios quando moderado e utilizado para fins educativos ou de desenvolvimento. O equilíbrio e a supervisão são essenciais para minimizar esses riscos”, orienta o professor.

O papel dos pais na mediação do uso de telas

De acordo com o professor da Universidade Feevale, os pais têm papel fundamental na redução dos riscos associados ao uso de telas por crianças e adolescentes. Ele explica que a literatura científica sugere várias estratégias que os pais podem adotar para ajudar a gerenciar o tempo de tela de seus filhos de forma saudável:

  • Limitar o uso de telas: a American Academy of Pediatrics sugere que crianças de 2 a 5 anos de idade não devem passar mais de 1 hora por dia em atividades de tela recreativas. Para crianças mais velhas e adolescentes, a American Academy of Pediatrics recomenda que os pais estabeleçam limites consistentes, assegurando que o uso de telas não interfira no sono, na atividade física e nas interações sociais.
  • Estabelecer horários e espaços da casa livres de telas: como durante as refeições e na hora de dormir, pode ajudar a reduzir o tempo de exposição e promover interações familiares mais ricas.
  • Ser exemplos de uso saudável de tecnologia: isso significa também limitar o próprio tempo de tela e usar dispositivos de forma consciente, mostrando aos filhos a importância de equilibrar a tecnologia com outras atividades.
  • Envolver-se ativamente no consumo de mídia com os filhos: por exemplo, assistindo programas juntos e discutindo o conteúdo, podem ajudar as crianças a desenvolverem um pensamento crítico sobre o que veem nas telas. Isso pode reduzir os impactos negativos e transformar o tempo de tela em uma experiência de aprendizado.

“Os pais também podem incentivar atividades fora das telas, como esportes, leitura, brincadeiras ao ar livre e hobbies. Estas são atividades essenciais para o desenvolvimento equilibrado da criança. Isso ajuda a garantir que o uso de telas não substitua outras experiências fundamentais para o desenvolvimento físico e social dos seus filhos”, afirma o professor.

Além disso, utilizar ferramentas de controle parental para monitorar o conteúdo e o tempo de uso pode ser útil, especialmente para crianças mais novas. No entanto, é importante que essa supervisão seja feita de forma aberta e comunicativa, para que as crianças entendam o propósito por trás das restrições.

Uso saudável de telas por crianças e adolescentes

O professor de Psicologia da Universidade Feevale explica que o conceito de uso saudável de telas por crianças e adolescentes é amplamente discutido na literatura e envolve equilibrar o tempo de tela com outras atividades essenciais para o desenvolvimento físico, emocional e social. 

“Um uso saudável de telas não deve interferir em atividades fundamentais como o sono, a prática de exercícios físicos, o tempo ao ar livre, o estudo, e as interações sociais presenciais. Crianças e adolescentes devem ter uma rotina diversificada que inclua tempo para brincadeiras criativas, esportes, leitura e interações sociais”, afirma Barbosa.

Conheça algumas ações importantes para o uso saudável de telas por crianças e adolescentes:

  • O uso saudável envolve a exposição a conteúdos educativos, interativos e apropriados para a idade
  • A qualidade do conteúdo é tão importante quanto a quantidade de tempo de tela
  • Programas e aplicativos que promovem aprendizado, criatividade e habilidades sociais são preferíveis aos conteúdos puramente recreativos ou passivos, como vídeos sem interação
  • É importante definir limites claros sobre o tempo e os contextos em que as telas podem ser usadas, como durante a semana ou em determinadas horas do dia
  • Incluir a criação de “zonas livres de telas”, como na hora das refeições ou antes de dormir, para promover interações familiares e um sono de qualidade.

“Pais ou responsáveis que se envolvem no uso de mídia junto com seus filhos ajudam a contextualizar e discutir o conteúdo consumido. Essa co visualização e coparticipação ajudam as crianças a desenvolverem um pensamento crítico sobre o que estão assistindo e promovem uma compreensão mais profunda dos conteúdos”, afirma o professor.

Também é importante reconhecer que o uso saudável pode variar conforme a idade, necessidades individuais e contextos sociais e culturais. O uso de telas para aprendizado em ambientes educacionais pode ser mais intenso sem necessariamente ser prejudicial, desde que outros aspectos do bem-estar sejam atendidos.

De acordo com o professor de Psicologia, educar crianças e adolescentes sobre o uso consciente e crítico da tecnologia é essencial: “Isso inclui ensiná-los sobre os perigos do ciberbullying, privacidade online e a distinção entre conteúdo real e fake news. Promover uma alfabetização midiática desde cedo pode ajudar a reduzir alguns dos riscos associados ao uso de telas.”Por outro lado, Barbosa afirma que é preciso considerar os potenciais benefícios do uso de telas, quando bem direcionado. “Tecnologias digitais podem ser ferramentas poderosas para a aprendizagem, criatividade e conexão social, especialmente em contextos de educação a distância ou para crianças com dificuldades de aprendizado que se beneficiam de recursos interativos e personalizados. É necessária uma abordagem equilibrada e informada para o uso de telas por crianças e adolescentes”, conclui o professor.

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