Qual foi a última vez que você mediu a sua pressão? Em meio à rotina e aos afazeres, essa é uma preocupação que pode ser esquecida ou deixada para depois. Mas saiba que, se você tem mais de 30 anos, deve realizar esta aferição pelo menos uma vez por ano: ela é a única forma de detectar a hipertensão antes de que a doença manifeste sintomas graves.
Esta segunda-feira (17), que marca o Dia Mundial da Hipertensão, chama a atenção para esta enfermidade que afeta mais de 30% da população adulta em todo o mundo, ou seja, mais de um bilhão de pessoas. E cerca de metade delas não foram diagnosticadas, o que as coloca em risco de graves complicações.
"As pessoas tendem a achar que a genética é um fator determinante. É claro que a genética influencia, mas a gente menospreza o quanto o estilo de vida impacta tanto na pressão alta quanto em outras condições do nosso corpo", explica a cardiologista Mariana Porto.
A hipertensão arterial é uma doença crônica multifatorial, pois depende de fatores genéticos, ambientais e sociais para se desenvolver. Ela é caracterizada por uma elevação persistente da pressão arterial:
Ou seja, uma pressão de 140 x 90 mmHg (ou 14 por 9), medidas com a técnica correta, em duas ocasiões diferentes em ocasiões em que a pessoa não esteja fazendo uso de medicamentos anti-hipertensivos, já indica a pressão alta.
A doutora Mariana explica que o maior problema da hipertensão é que, na maior parte dos casos, ela é assintomática.
Justamente por isso, ela costuma evoluir com alterações estruturais ou funcionais em outros órgãos, como o coração, cérebro, rins e vasos. “Muitas vezes, é a partir daí que a gente tem alguns sinais ou sintomas de que a pressão pode estar elevada", explica a médica. Algumas destas lesões podem ser:
"Essas são consequências do aumento da pressão que acabam causando sintomas que identificam a hipertensão. Por isso, a melhor forma de identificá-la é fazendo medições esporádicas, a partir dos 30 ou 35 anos, antes de que estas complicações apareçam", afirma Mariana.
Como já falamos, a pressão alta está muito relacionada ao estilo de vida do paciente. "Apesar de que a hipertensão também tenha fatores genéticos associados, o estilo de vida que se leva é determinante para o seu desenvolvimento. Principalmente no mundo atual, onde nos tornamos pessoas mais sedentárias e passamos muito tempo na frente de telas", explica a cardiologista.
O controle da hipertensão começa a ser feito imediatamente após o diagnóstico. "Ele começa por uma mudança no estilo de vida. Identificamos onde o paciente pode estar mais descompensado. Por isso a mudança de estilo de vida é fundamental, ainda que a pressão esteja apenas levemente elevada", diz a cardiologista.
Junto a essa mudança de estilo de vida, o médico avaliará o uso de medicação, considerando a situação de cada paciente. Esse tratamento é personalizado e deve ser feito com acompanhamento profissional, sem automedicação.
Ainda que o estilo de vida seja responsável porque pessoas cada vez mais jovens desenvolvam a hipertensão, a cardiologista explica que o envelhecimento tende a torná-la um problema mais significativo, devido ao enrijecimento dos grandes vasos. "Cerca de 65% das pessoas acima de 60 anos são hipertensas. A pressão costuma ser mais elevada entre os homens mais jovens, mas a partir dos 60 anos, há mais chances de as mulheres manifestarem a hipertensão. Em ambos os sexos, a prevalência aumenta com a idade", afirma a cardio.
Por isso, voltamos à nossa pergunta do início deste texto: você lembra qual foi a última vez que mediu sua pressão? A doutora Mariana indica: "Não precisa ser uma obsessão pela pressão, mas medidas eventuais, uma ou duas vezes no ano, são importantes. Essa aferição pode ser feita preferencialmente em consultório médico".
Se você já observou coisas que podem ser modificadas, como o cuidado com a alimentação, mas não está conseguindo fazer sozinho, busque um nutricionista para ajudá-lo. "Às vezes sabemos o que temos de fazer, mas não sabemos como começar, por isso o nutricionista pode ser importante. E já que vamos cuidar da alimentação, que tal manter o corpo em movimento? Em tempos de pandemia, ficamos mais limitados. Mas exercício bom é o que a gente faz: procure locais abertos e ventilados, com cuidado, para caminhadas ao ar livre", indica a médica.
Anotou as recomendações para prevenir a pressão alta e ter uma vida saudável? Aproveite o Dia Mundial da Hipertensão para planejar como colocar todas essas dicas em prática!
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