Apesar de todos os olhos estarem voltados para a Covid-19, infelizmente essa não é a única pandemia que nos atinge. O vírus HIV, causador da Aids, segue ativo desde a década de 70, quando foi identificado pela primeira vez.
Em apoio ao Dia Mundial contra a Aids, evento criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que acontece todos os anos em 1º de dezembro, preparamos um guia com tudo o que você precisa saber sobre a doença, instruções de como se prevenir e a história de avanços no combate à doença.
Resumidamente, Aids é a sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, doença que ataca o sistema imunológico da pessoa infectada, deixando-a vulnerável a outras doenças. Já o HIV é o vírus que causa essa doença.
Em outras palavras, uma pessoa com Aids é alguém com as defesas naturais praticamente destruídas e está propensa a desenvolver uma série de outras doenças que podem levar à morte.
Apesar de muitas pessoas se confundirem, Aids e HIV não são a mesma coisa. Em um bom português, podemos dizer que: Aids é uma doença, enquanto HIV é o vírus que causa essa doença.
Ou seja, a Aids não é contagiosa. O que é contagioso e pode ser passado de pessoa para pessoa é o vírus HIV. Isso quer dizer que ter HIV não significa ter Aids. Muitas vezes, com tratamento adequado e acompanhamento médico, o infectado pode não desenvolver a doença.
Acredita-se que o HIV tenha surgido da evolução de um vírus que infectava apenas uma espécie de chimpanzé típica do oeste do continente africano. Conforme essa teoria, a caça e a domesticação dos primatas foi o que permitiu que o vírus evoluísse e passasse a afetar humanos.
Os primeiros casos de Aids foram registrados em países da costa oeste da África, no Haiti e nos Estados Unidos, enquanto os primeiros casos no Brasil apareceram na década de 1980. Desde então, já foram detectados 966 mil casos de Aids no país (dados até junho de 2019).
Em um único ano, o Ministério da Saúde contabilizou quase 44 mil novos diagnósticos de HIV e cerca de 37 mil casos de Aids no país. Apesar disso, a notícia boa é que se tem observado uma diminuição nos números ao longo dos anos, desde 2012.
A Aids segue sendo uma doença sem cura. Porém, o tratamento para pessoas com HIV avançou muito em termos de ciência. Hoje em dia, é possível ser infectado com HIV e viver uma vida relativamente normal, sem mais a sentença de morte. Mas para isso, é necessário fazer tratamento.
O HIV é transmitido de três formas: via contato sexual, contato com sangue infectado e durante a gravidez. Para ficar bem claro, juntamos as informações fornecidas pelo Ministério da Saúde em uma lista.
Situações em que existe risco de pegar HIV:
Situações em que NÃO se pega HIV:
A melhor forma de prevenção é não se colocar em situações de risco. Caso isso aconteça, você deve entrar em contato imediato com uma instituição de saúde (médico, pronto socorro, posto de saúde, UPA) e seguir corretamente todas as instruções do profissional.
A medida de prevenção de urgência após um possível contato com HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) é através de um processo chamado profilaxia pós-exposição (PEP).
Os medicamentos usados na PEP variam conforme as características e o contexto de cada pessoa, mas no geral são indicados medicamentos que fazem parte do coquetel antirretroviral utilizado no tratamento da Aids, conforme explica a organização Grupo Incentivo à Vida.
Também existe a profilaxia pré-exposição (PrEP), aconselhada para pessoas em situações onde há grandes riscos de vir a ter contato com o vírus.
Se você já está infectado com HIV, a única forma de prevenir a Aids é realizando o tratamento conforme o indicado pelos médicos.
Os sintomas da doença variam conforme a etapa da infecção, contada a partir do contágio com o vírus.
Sintomas comuns parecidos com uma virose ou gripe:
Nesse período não há sintomas, mas o vírus segue se multiplicando e sendo transmissível. Por isso, é muito importante fazer exames regulares e buscar ajuda médica em caso de risco de exposição.
Se não for tratado, a infecção evolui para Aids e aí é como se o corpo tivesse entrada liberada para outras doenças, então os sintomas variam conforme a pessoa. Sintomas mais comuns são perda de peso, diarreia, pele ressecada, queda de cabelo, suor noturno e cansaço.
Cuide-se, faça exames com frequência e sempre busque atendimento médico se você achar que foi exposto ao vírus!
[…] ainda ressalta que as dores de cabeça em pacientes com histórico de câncer ou com HIV devem ter atenção redobrada, visto que pode ser sinal de um comprometimento do sistema nervoso […]