Problemas antigos no Brasil, a automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos são práticas que têm se tornado ainda mais perigosas durante a pandemia de Covid-19. O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado nesta quarta-feira (5), chama a atenção para estes temas, relacionados aos altos índices de intoxicação por remédios no país.
Entre os objetivos da data está o alerta de que a maneira como os medicamentos são utilizados determina se o tratamento será efetivo e seguro para o paciente, explica a presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, Silvana Furquim. Uma responsabilidade que começa antes mesmo de o medicamento chegar até ao seu consumidor.
"Defender o uso racional de um medicamento significa fornecer a quantidade suficiente para o tratamento prescrito, baseado na melhor evidência disponível, na dose correta, no momento certo, e no menor custo ao paciente e à sociedade", afirma Silvana. "Neste 5 de maio, consolidamos o significado de que o medicamento não é uma mercadoria qualquer. Ele pode tanto restabelecer a saúde das pessoas e salvar vidas quanto levar à intoxicação e até à morte", diz a especialista.
A prática de consumir remédios sem prescrição médica ou alterar a dose da medicação prescrita pelo especialista - a automedicação - pode ocorrer pelo acesso tanto a medicamentos tarjados quanto não tarjados. Este hábito nocivo é potencializado, por exemplo, pelo excesso de medicamentos armazenados nas residências brasileiras, onde crianças e idosos, por exemplo, podem ser expostos à intoxicação pelo uso inadequado dessas substâncias.
"A automedicação sem supervisão de um profissional de saúde, especialmente do farmacêutico, é um risco à população, pois há o risco de o consumidor adquirir um medicamento inadequado para o problema que ele procura resolver, ou em utilizar na dose errada, ou durante um período excessivo, ou em adquirir em quantidade excessiva", afirma a presidente do Conselho Regional de Farmácia do RS.
Se a automedicação já é um problema em tempos normais, esses riscos aumentam durante a pandemia de Covid-19. "A população pode desenvolver um sentimento de que estamos numa guerra contra um inimigo invisível, inatingível, e, por isso, qualquer medida seria útil para combatê-lo, como as crenças e o uso inadequado de medicamentos'', explica Silvana.
Nesse contexto, o farmacêutico é o profissional de referência para garantir que o paciente faça um uso racional do medicamento, com o qual você pode - e deve! - contar. Eles podem atuar em diferentes momentos, como no acolhimento do consumidor para verificar as suas necessidades de saúde, ou na consulta farmacêutica nas farmácias que possuem serviços farmacêuticos licenciados, como a Panvel, ou no atendimento farmacêutico domiciliar.
Leve a consciência do Dia do Uso Racional de Medicamentos para o ano inteiro. Ao seguir estas dicas, você terá um tratamento seguro e efetivo - e sua saúde agradece!
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