Nas últimas semanas, campanhas e informações sobre a importância do cuidado com a saúde mental provavelmente apareceram com frequência na tela do seu celular ou computador.
Ao mesmo tempo em que o Setembro Amarelo nos lembra da importância de trazer o assunto à tona, cada vez mais estudos têm endossado o que muita gente já sentia na prática: o impacto do Covid-19 foi muito além do vírus em si. Ao redor do mundo, o período de pandemia impactou a saúde mental de milhares de pessoas - e é possível que algumas delas estejam próximas a você.
O Relatório Global sobre Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em junho, indicou um aumento de 25% nos casos de depressão e de ansiedade no primeiro ano após o surgimento do novo coronavírus, assim como alertou sobre a importância de os governos fazerem investimentos mais altos para aumentar o bem-estar e a qualidade de vida da população.
Já explicamos, aqui no blog, que a saúde mental é o estado de bem-estar no qual somos capazes de usar nossas próprias habilidades, recuperar-nos do estresse rotineiro, ser produtivos e contribuir com nossa comunidade. Por isso, ao enfrentar problemas neste campo, sofremos uma queda na qualidade de vida cognitiva e emocional, o que torna mais difícil realizar as atividades do dia a dia de maneira produtiva e satisfatória.
Mas as consequências não param por aí. Os sintomas da depressão e ansiedade - para mencionar dois dos problemas de saúde mental mais recorrentes - estão diretamente relacionados à redução de hábitos saudáveis. Isso ocorre porque as pessoas que enfrentam essas condições tendem a reduzir a prática de atividade física e o consumo de verduras ao mesmo tempo em que potencializam hábitos nocivos como o tabagismo, aumentando os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas como as cardiovasculares. Essa foi uma das conclusões do levantamento Covitel, da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas, que entrevistou 9 mil brasileiros para retratar o impacto da pandemia nos fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis.
Você já conhecia essa relação próxima entre a saúde mental e a saúde cardiovascular? O estresse psicológico crônico foi identificado como um fator que impacta a saúde do seu coração tanto quanto os fatores de risco cardíaco tradicionais, como pressão alta, colesterol elevado, diabetes, sedentarismo, obesidade e tabagismo. O apontamento é de estudos recentes como o relatório do Jornal da Associação Médica Americana (JAMA), publicado em novembro.
A situação pode ser ainda pior para quem enfrenta dificuldades para pagar as contas - uma realidade enfrentada pelos brasileiros que vivenciam o desemprego ou sofrem os efeitos da crise econômica. Uma pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) revelou que a incerteza financeira é o principal motivo de preocupação para 78% dos brasileiros.
Para essa parcela da população, a ansiedade e a depressão tendem a estar associadas a um maior risco de desenvolvimento para doenças cardiovasculares, além do enfraquecimento do sistema imunológico, vital no combate a infecções. Isso ocorre porque a preocupação gerada pela incerteza financeira cria um estado de alerta constante - uma liberação contínua de hormônios provocada pelo quadro de estresse crônico, desequilíbrio que favorece as doenças cardiovasculares.
Então, você já parou para pensar que ao cuidar da saúde mental você está cuidando também da saúde do seu coração, preservando o sistema imune e diminuindo fatores de risco para outras doenças?
Reduzir os impactos do estresse crônico no corpo e na mente e diminuir os riscos de doenças vasculares pode começar com duas estratégias:
Para quem está lutando para colocar a vida financeira em dia, controlar a ansiedade pode ser um desafio adicional. São casos em que uma boa noite de sono é ainda mais importante, já que levar os problemas para a cama costuma resultar em noites mal dormidas que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e tendem a gerar uma sensação de cansaço que dificulta a produtividade no trabalho e a pensar na situação de forma prática e racional.
Ainda que seja difícil, conversar sobre a situação com a família (para diminuir os gastos) e com especialistas (para encontrar alternativas) podem ajudar a vislumbrar a solução. Se possível, sem deixar a saúde mental em segundo plano: ela pode fazer toda a diferença na hora de pensar racionalmente e planejar a resolução dos problemas. Lembre-se também que você pode contar com ajuda especializada. Sintomas como pensamentos autodepreciativos, taquicardia e dores no peito são alguns dos indicativos de que você precisa procurar ajuda médica.
Referências:
PP-UNP-BRA-0661
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