Se você tem o costume de acompanhar o feed das redes sociais, é possível que tenha percebido o aumento de postagens sobre o cansaço e a falta de tempo da vida cotidiana. Relatos sobre como anda difícil dar conta de todas as atividades do dia a dia também têm sido comuns entre amigos e familiares e talvez você mesmo já tenha escutado ou desabafado sobre o assunto.
Além de diminuir o tempo disponível para se dedicar a atividades de lazer e descanso, este excesso de trabalho pode provocar estresse, esgotamento físico e uma exaustão extrema: a Síndrome de Burnout.
Levantamentos indicam que o Brasil é um dos países com as taxas mais elevadas de esgotamento no trabalho. Em 2019, um levantamento da International Stress Management Association (Isma-BR) estimou que 32% da população economicamente ativa brasileira apresentava sintomas de burnout.
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sinais indicadores da Síndrome de Burnout são:
Por não entender a origem ou não conseguir identificar esses sintomas, muitas pessoas negligenciam a situação e agravam o próprio quadro de saúde mental. Ao perceber a persistência desses sinais, é importante procurar um psiquiatra ou psicólogo, profissionais indicados para identificar o problema e orientar o melhor tratamento. Buscar ajuda é o primeiro passo na jornada de cura , que costuma ser longa e precisa de coragem e força de vontade.
Ainda que as categorias de médicos, enfermeiros, professores, policiais e jornalistas sejam apontadas como algumas das mais propensas ao burnout, o esgotamento pode atingir trabalhadores de todas as profissões, tanto pelo número de horas trabalhadas como pelo estresse provocado pelas condições de trabalho.
A mudança no perfil de muitas profissões e a incorporação da tecnologia, como o celular, trouxeram a demanda pela troca de mensagens instantâneas, pressão por respostas rápidas e maior disponibilidade, criando condições que contribuem para o aumento da exaustão no trabalho.
Adotar condutas saudáveis é a melhor estratégia para reduzir o estresse e evitar a síndrome de burnout. Manter o equilíbrio entre a atividade profissional, o lazer e a vida social e a familiar pode parecer desafiador, mas é o caminho para tirar o trabalho do centro do seu dia e estabelecer uma relação sadia com as atividades profissionais. Conheça algumas medidas para colocar em prática:
O tratamento da Síndrome de Burnout costuma ocorrer com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos, caso sejam recomendados pelo médico. Melhorar as condições de trabalho e adotar novos hábitos e um estilo de vida saudável são determinantes para o sucesso do tratamento do burnout.
Após o diagnóstico de burnout, o médico pode, por exemplo, recomendar que a pessoa tire férias e comece a desenvolver atividades de lazer regularmente, assim como atividade física e exercícios de relaxamento. Mas lembre-se que cada caso é único, e o acompanhamento médico é fundamental para orientar o melhor tratamento a seguir.
Se você se identificou com a situação ou tem uma pessoa próxima que pode estar enfrentando o burnout, seja compreensivo. Estender a mão para si ou para uma pessoa próxima é o melhor a fazer. O reconhecimento de necessidade de ajuda, por exemplo, já é uma vitória. Cada pequeno passo aproxima mais a pessoa da melhora da sua condição de saúde mental. Evite comparar a sua situação com a de outra pessoa, porque os casos são individuais. E lembre-se: a sua melhor versão é a sua versão possível e saudável.
REFERÊNCIAS:
1. Síndrome de Burnout – Ministério da Saúde. Acesso em: 18 de setembro de 2023
2. Burnout: a síndrome de exaustão no trabalho – Conselho Federal de Medicina, 2017. Acesso em: 18 de setembro de 2023
3. Síndrome de Burnout já é classificada como doença ocupacional – Jornal da PUC-SP, 2022. Acesso em: 18 de setembro de 2023
4. Bernardo A. Burnout: problema é reconhecido pela OMS e faz cada vez mais vítimas – Veja Saúde. Acesso em: 18 de setembro de 2023
PP-UNP-BRA-3224 Setembro de 2023
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Tema relevante.
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