O Transtorno afetivo bipolar, também conhecido por transtorno maníaco-depressivo, é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por mudanças, muitas vezes repentina, de humor. Essas alterações, que se alternam com períodos de humor normal, podem variar de depressão a episódios mania, que envolve picos de euforia elevada, irritabilidade, excesso de atividade e hipomania - versão mais leve da mania. As crises podem variar de intensidade, frequência e duração.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo. O transtorno afeta mulheres e homens, com sintomas iniciando geralmente na adolescência até o início da fase adulta (18 a 25 anos). No entanto, crianças e pessoas idosas também podem ser afetadas. O distúrbio requer tratamento para toda a vida.
Os sintomas do transtorno bipolar se alternam em episódios de depressão e maníaco. Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), o paciente pode apresentar os principais sintomas:
A Abrata alerta que crianças e adolescentes apresentam os mesmo sintomas, no entanto, estes podem ser confundidos com falta de educação, birra, agressividade, irritabilidade, falta de motivação, mau humor, tristeza ou energia elevada, animação e ansiedade. Isso porque, nessa faixa etária, eles têm dificuldades em se expressar e identificar suas emoções, destaca a entidade.
O diagnóstico para o transtorno bipolar geralmente é difícil, podendo levar 10 anos para o paciente levar um diagnóstico preciso de bipolaridade. A Abrata aponta que o desconhecimento sobre as manifestações do distúrbio, o preconceito e a autoestigmatização sobre esse transtorno são os principais fatores que levam à demora do diagnóstico. Por isso, ao perceber a presença de ao menos cinco dos sintomas depressivos ou três dos sintomas maníacos persistentes, procure a ajuda de um médico psiquiatra.
O transtorno bipolar não tem cura, mas o tratamento ajuda a controlar a doença. A psicoterapia é um dos principais métodos que ajudam o paciente a lidar com as alterações de humor e pensamentos. O uso de medicamentos aliado a psicoterapia, em geral, também é recomendado. Além disso, a Abrata aponta que o paciente também pode realizar atividades que promovam o bem-estar e aumentem sua qualidade de vida, como:
Não abandone o tratamento por conta própria. Ele é fundamental para reduzir as crises, controlar a evolução da doença e seus sintomas, bem como a intensidade e duração das crises. Sempre que possível, procure ajuda médica e não se automedique.
Fonte: Infohealth