O aumento no número de infecções de meningite em alguns estados brasileiros tem chamado a atenção para a necessidade de manter em dia a vacinação contra a meningite, principal forma de prevenção. É o caso do Rio Grande do Sul, onde houve 76 casos de meningite bacteriana no primeiro semestre de 2023, um aumento de 29% nas infecções em relação ao mesmo período do ano passado. Em São Paulo, a alta no número de casos de meningite foi de 23% no primeiro semestre deste ano em comparação a 2022.
A meningite é uma doença com alta taxa de letalidade e pode provocar graves sequelas a longo prazo. É caracterizada pela inflamação do líquido e das membranas (meninges) que rodeiam o cérebro e a medula espinhal.
Ao contrair a meningite, o quadro de saúde do paciente se agrava rapidamente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação é diferente para cada organismo e pode oscilar entre dois e 10 dias no caso da meningite bacteriana, a forma mais grave da doença. Recém-nascidos e crianças estão entre os mais afetados pela doença, mas pessoas de todas as idades podem ser infectadas pela meningite.
A maneira mais comum de transmissão da meningite é de pessoa para pessoa. No caso da meningite bacteriana, as bactérias se espalham por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta, infectando novas pessoas. A transmissão fecal-oral é outra forma de contrair tanto a meningite bacteriana quanto a meningite viral. Isso ocorre ao ingerir água ou alimentos contaminados com fezes.
Tocar ou apertar as mãos de uma pessoa infectada ou pelo tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois encostar as mãos nos olhos, nariz ou boca também são uma das formas de contaminação das meningites virais. No caso das meningites fúngicas, a contaminação costuma ocorrer pela inalação de pequenos pedaços de fungos que entram nos pulmões e podem chegar às meninges.
Por se tratar de uma doença grave e com possibilidade de sequelas de longa duração, a prevenção é a principal forma de evitar contrair os diferentes tipos de meningite. A prevenção à meningite é realizada pela vacinação, tanto que a alta no número de casos da doença é atribuída por especialistas à baixa cobertura da vacina contra a meningite.
As vacinas contra a meningite protegem de cepas mais perigosas da doença. Apesar dos avanços, ainda não existe uma imunização universal contra todos os tipos da doença. Veja as vacinas contra a meningite oferecidas pela Panvel:
previne contra quatro sorogrupos da meningite. Para crianças, a imunização deve iniciar aos três meses de idade. Para adolescentes que nunca receberam a vacina meningocócica conjugada ACWY, são recomendadas duas doses com intervalo de cinco anos. Já os adultos podem tomar dose única, a depender de risco epidemiológico ou condição de saúde.
Vacina meningite B: é indicada para auxiliar na proteção de pessoas a partir de dois meses de idade até os 50 anos contra a doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis, do grupo B. A partir dos 3 meses são 3 doses - divididas em primeira dose aos 3 meses, segunda dose aos 5 meses e reforço aos 12 a 15 meses. Esta bactéria pode provocar infecções graves como a meningite e a sepse (infecção generalizada).
Se não for tratada a tempo, a meningite pode se tornar fatal para até metade dos pacientes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Por isso, deve-se procurar atendimento hospitalar no caso de identificar os sintomas da meningite e desconfia de infecção:
O tratamento precoce é importante para evitar complicações graves da doença, incluindo a morte. Os antibióticos tratam a meningite bacteriana, enquanto os antivirais auxiliam no tratamento das meningites virais. Outros tipos de medicamentos podem ser usados para combater os sintomas da meningite.
