Alergias de primavera: conheça dicas e tratamentos

A primavera começa oficialmente em 22 de setembro, dando início a um período florido que também pode significar o início de sintomas de alergias. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) explica que, em contato com as mucosas das pessoas sensibilizadas (alérgicas), o pólen desencadeia uma reação inflamatória, cujas características são principalmente a rinite e conjuntivite. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a alergia ou reação de hipersensibilidade é uma resposta imunológica exagerada, que se desenvolve após a exposição a um determinado antígeno (substância estranha ao nosso organismo) e que ocorre em pessoas suscetíveis geneticamente e previamente sensibilizadas.
A Asbai estima que as alergias afetam cerca de 30% da população brasileira. Desse percentual, 20% são crianças. A região Sul é a mais afetada e as mudanças climáticas têm contribuído para o aumento da frequência das alergias na primavera. Isso ocorre porque as plantas crescem rapidamente e produzem mais pólens, de acordo com a Asbai. O aquecimento global resulta no florescimento precoce: a estação polínica começa mais cedo e se prolonga mais do que o habitual.

Principais alergias da primavera:

• Alergia ao pólen: é uma das alergias mais comuns na primavera. O pólen é liberado por flores, árvores, gramíneas e ervas que florescem nessa época.
  
• Alergia ao mofo: a umidade e a temperatura mais amena da primavera favorecem o crescimento de mofo tanto ao ar livre quanto dentro de casa, especialmente em áreas úmidas como porões e banheiros.
  
• Alergia a fungos: além do mofo, os fungos também aumentam na primavera, contribuindo para reações alérgicas. Eles fungos podem estar presentes em solo úmido e em compostos orgânicos.
  
• Alergia a poeira: a poeira também pode desencadear alergias na primavera, pois pode conter alérgenos como ácaros, fragmentos de insetos e pelos de animais.
  
• Alergia a insetos: embora não seja uma alergia exclusiva da primavera, a atividade de insetos aumenta com o aquecimento da temperatura. Picadas de insetos, como abelhas e vespas, podem causar reações alérgicas em algumas pessoas.

Se você sabe que é alérgico a algum desses alérgenos, é importante manter a casa preparada para impedir alergias. Pessoas alérgicas ao pólen também devem, dentro do possível, evitar atividades ao ar livre durante os períodos ventosos, que são mais propícios à propagação da substância no ar.

Dicas para uma casa saudável

Conheça as dicas para uma casa saudável e livre de substâncias alérgenas:

• Ventilação: mantenha janelas abertas durante o dia.
• Móveis: prefira mobiliários simples, com bordas lisas e de fácil limpeza.
• Limpeza: realize a limpeza diariamente, com água, sabão e produtos adequados. Evite utilizar produtos com odor ativo, como os derivados de amoníaco. Também evite usar vassouras e espanadores e aspiradores que não tenham filtros para reter partículas bem pequenas.
• Colchões e travesseiros: troque os travesseiros uma vez por ano, dando preferência a modelos com espuma inteiriça. Evite penas ou flocos e encape colchões e travesseiros com capas especiais contra ácaros.
• Roupas de cama: troque as roupas de cama semanalmente.

Prevenção e tratamento das alergias

Ainda que essas medidas possam reduzir a ocorrência de alergias, não existe uma prevenção para a alergia ao pólen. De acordo com a Asbai, o tratamento da alergia pode ser realizado com medicamentos antialérgicos para o controle dos sintomas da alergia ao pólen. Também existe a possibilidade de utilização de vacinas com extratos alergênicos específicos. Estas vacinas podem ser de uso injetável (subcutânea) ou por via sublingual, sempre com a indicação e o acompanhamento de um médico.

Se você considera que é possível estar sofrendo de alguma alergia de primavera, consulte um médico alergista para confirmar o diagnóstico e receber prescrição de tratamentos possíveis para o seu caso. Com cuidado e atenção, fica tudo bem!