Você sabia que a alimentação pode contribuir com a fertilidade? De acordo com a Dra. Isabel de Almeida, coordenadora do Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento, a nutrição desempenha um papel muito importante na saúde de todas as pessoas e especialmente as mulheres que estão tentando engravidar devem estar atentas à qualidade de sua alimentação. A recomendação é que este cuidado inicie até seis meses antes da gestação, com foco na nutrição do organismo materno e limpeza prévia das toxinas.
Segundo a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a alimentação e a fertilidade estão diretamente relacionadas e podem servir como indicador de saúde e qualidade de vida de uma pessoa. A Nutrição pode melhorar a qualidade do óvulo, da implantação do embrião e a qualidade do endométrio. Se a mãe estiver com o corpo nutrido, tendo os nutrientes essenciais, isso vai ajudar muito na saúde do bebê.
Mas hoje, no Brasil, mais da metade da população adulta está acima do peso, pelo padrão de consumo alimentar e também pelo sedentarismo. “Sabemos que o sobrepeso, a obesidade e um peso muito abaixo do normal interferem no padrão ovulatório, podendo dificultar a gestação. Além disso, mulheres que estão acima do peso e engravidam apresentam maior risco de complicações na gestação, como diabete gestacional e pré-eclâmpsia”, adverte a Dra. Isabel de Almeida.
Também é preciso duvidar de algumas informações, pois ainda não foram descobertos produtos ou alimentos mágicos para quem quer ser mãe. Neste sentido, é necessário tomar alguns cuidados com os mitos que cercam a alimentação e a fertilidade, pois não existem “fórmulas milagrosas”. O alerta é da nutricionista assistencial do Hospital Moinhos de Vento, Jéssica Minho.
“Esta fase cheia de encantos e esperada por inúmeras mulheres traz consigo diversos mitos e tabus, ainda enraizados na nossa cultura e, muitas vezes, passados entre gerações. “Mas a verdade é uma só: não existe milagre! Uma alimentação equilibrada, contemplando todos os grupos alimentares, como proteínas, carboidratos complexos/integrais, frutas e verduras, aliada a práticas de exercícios físicos e hábitos de vida saudáveis, não só auxiliam na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis como exercem um papel importante na hora de tentar engravidar”, garante a nutricionista.
Segundo ela, existem alguns micronutrientes que merecem a nossa atenção e necessitam estar em quantidades ideais em nosso organismo para ajudar na gravidez, como as vitaminas do complexo B, que são encontradas em miúdos de animais, leguminosas e folhosos verdes escuros, e estão ligadas à formação neurológica do feto. “Alguns estudos têm demonstrado que a deficiência deste complexo pode levar ao surgimento de transtornos ligados ao desenvolvimento no recém-nascido, como o do espectro autista”, exemplifica. “Portanto, na hora em que decidir engravidar, além de pensar em todos os preparativos para a chegada do seu bebê, coloque no planejamento a sua alimentação.”
Dessa forma, para quem está tentando engravidar, a Dra. Isabel de Almeida, coordenadora do Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento, destaca outras recomendações importantes:
Fonte: Dra. Isabel de Almeida (CRM 16091), coordenadora do Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento, e a nutricionista assistencial do Hospital Moinhos de Vento, Jéssica Minho.