Com a volta às aulas, o convívio próximo e frequente entre crianças em escolas e creches aumenta consideravelmente o risco de disseminação de viroses. Esses agentes, causadores de doenças virais, podem afetar diferentes sistemas do organismo, como o respiratório e o gastrointestinal, e são motivo de preocupação para pais, educadores e profissionais de saúde. Para garantir um ambiente saudável para os pequenos, é fundamental que medidas de prevenção e cuidados sejam colocados em prática, além de um olhar atento aos sintomas que podem sinalizar o início de uma infecção.
As viroses são infecções provocadas por vírus que, em geral, se espalham de pessoa para pessoa através do contato direto ou por meio de secreções respiratórias e fezes. Durante o período escolar, a facilidade de transmissão aumenta devido ao compartilhamento de brinquedos, materiais escolares e a aglomeração de crianças. Essa realidade torna a prevenção uma prioridade para evitar complicações que podem levar a quadros mais graves.
Os sintomas das viroses podem variar conforme o tipo de infecção e o sistema afetado. Entre os sinais mais recorrentes estão:
"Não temos tratamento contra o vírus, mas temos sim como cuidar com repouso, hidratação e tratamento dos sintomas com higiene nasal, analgésicos e medicações para náusea", explica pediatra Antonia Pardo Chagas ressalta:
Prevenir a transmissão das viroses durante a volta às aulas envolve um conjunto de práticas simples, mas extremamente eficazes. Confira algumas dicas:
1. Higiene das mãos: ensinar as crianças a lavar as mãos com frequência, utilizando água e sabão, é uma das medidas mais importantes. A higienização deve ser feita antes das refeições, após usar o banheiro e sempre que possível durante o dia. O uso de álcool gel pode ser uma alternativa quando a lavagem não for viável.
2. Conservar os ambientes bem ventilados: a circulação de ar ajuda a reduzir a concentração de vírus. Manter salas de aula e espaços domésticos ventilados diminui as chances de contaminação.
3. Manter a vacinação em dia: a atualização da carteira de vacinação é fundamental para proteger contra diversas doenças, inclusive algumas infecções virais. Verificar a agenda de vacinação e cumprir as recomendações do pediatra é fundamental para manter a criança protegida.
4. Dê atenção à alimentação e hidratação: uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes e proteínas fortalece o sistema imunológico. Além disso, incentivar o consumo regular de água garante uma boa hidratação, auxiliando o corpo a combater infecções.
5. Tenha cuidado com o compartilhamento de objetos:
Itens pessoais, como copos, talheres e toalhas, devem ser utilizados individualmente para evitar a troca de vírus entre as crianças.
6. Eduque e oriente as crianças: pais, professores e cuidadores devem trabalhar juntos para educar os pequenos sobre a importância da higiene pessoal e do respeito aos cuidados coletivos. Além disso, conscientizar os cuidadores sobre a importância de permanecer em casa quando doente afim de reduzir a transmissão.
Caso a criança apresente sintomas de virose, é fundamental seguir algumas orientações para garantir uma recuperação tranquila:
"Observar a evolução dos sintomas e manter um diálogo aberto com o médico são passos fundamentais para um tratamento seguro e eficaz. Cada criança é única, e um acompanhamento individualizado faz toda a diferença”, afirma a pediatra.
A volta às aulas é um momento de aprendizado e novas experiências para as crianças, mas também traz desafios relacionados à saúde. Adotar práticas de prevenção e estar atento aos sintomas de virose são atitudes que fazem toda a diferença no bem-estar dos pequenos.Com o comprometimento de pais e educadores, é possível transformar esse período de reintrodução às atividades em uma experiência enriquecedora e livre de complicações de saúde. Afinal, a prevenção é a melhor forma de cuidar e proteger nossos filhos, garantindo que cada dia na escola seja repleto de aprendizado, alegria e saúde.
Médica pediatra. CRM 41092.