Com a chegada do verão e o aumento da exposição ao sol, a campanha Dezembro Laranja busca conscientizar a população sobre a prevenção, detecção precoce e tratamento do câncer de pele. Este tipo de câncer é o mais frequente no Brasil: a cada ano, 175 mil tumores malignos são diagnosticados, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A dermatologista Paula Xavier Schiavon explica que o câncer de pele é causado principalmente pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento. Essa radiação é cumulativa, ou seja, os danos causados ao longo dos anos aumentam o risco de desenvolver a doença. Pessoas de pele clara, que se queimam facilmente ao sol, têm maior propensão a desenvolver câncer de pele. Outros fatores de risco incluem:
O melanoma é o tipo mais agressivo e menos comum de câncer de pele. Para identificá-lo, é preciso estar atento a:
Os carcinomas (não melanomas) são mais comuns e menos agressivos. Eles podem se manifestar em forma de:
O diagnóstico precoce do câncer de pele é essencial para aumentar as chances de cura. Consultas regulares com um dermatologista devem começar aos 20 anos ou antes, dependendo do risco individual. Durante a consulta, o profissional examina a pele e, se houver suspeita de câncer, pode realizar uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
A maioria dos casos de câncer de pele pode ser tratada com a remoção cirúrgica da lesão. Outros tratamentos incluem:
“O Dezembro Laranja é uma oportunidade para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele. Adotar hábitos saudáveis, como proteger-se do sol e realizar consultas regulares com um dermatologista, pode salvar vidas. A informação e a proteção solar são as maiores aliadas na luta contra essa doença”, afirma a dermatologista Paula Schiavon.
Médica dermatologista em Curitiba, formada pela Universidade Federal do Paraná e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. CRM 17561.