A gonorreia (CID A54) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Essa infecção pode afetar tanto homens quanto mulheres, manifestando-se em diversas partes do corpo. A doença é tratável, mas pode levar a complicações graves se não for identificada e tratada adequadamente.
Veja neste artigo o que é a gonorreia, como é transmitida, quais são seus principais sintomas e como identificar a infecção precocemente. Além disso, falaremos sobre as opções de tratamento disponíveis e como você pode evitar a transmissão dessa IST. Leia até o final e descubra como proteger sua saúde e evitar complicações futuras.
Gonorreia é uma infecção provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e transmitida sexualmente. O tratamento é possível e, geralmente, envolve o uso de antibióticos. Essa bactéria é transmitida principalmente durante o contato sexual desprotegido, incluindo sexo vaginal, anal e oral. Essa IST pode afetar áreas como a uretra, o reto, a garganta e, nas mulheres, o colo do útero.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que milhões de novos casos da doença são diagnosticados a cada ano em todo o mundo, incluindo aumento de casos em que a infecção resiste ao tratamento. Além do contato sexual, a infecção também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto, caso a mãe esteja infectada, o que pode resultar em complicações para o recém-nascido, como infecção nos olhos.
A bactéria Neisseria gonorrhoeae se desenvolve em ambientes úmidos e quentes, como o trato reprodutivo. Por isso, os sintomas mais comuns da doença geralmente aparecem nessas áreas. A infecção pode ser assintomática, especialmente em mulheres, facilitando sua propagação sem que a pessoa saiba que está infectada.
Se não tratada, a doença pode levar a complicações graves, como infertilidade em ambos os sexos, aumento do risco de infecção pelo HIV e problemas graves de saúde em recém-nascidos cujas mães estavam infectadas. A conscientização sobre a transmissão e a importância do uso de preservativos são essenciais para controlar a disseminação dessa IST.
Os sintomas da infecção podem variar entre homens e mulheres e, em alguns casos, podem ser inexistentes.
Para isso, é fundamental prestar atenção aos sintomas descritos acima, mas também é importante saber que a infecção pode ser assintomática, especialmente em mulheres. Isso significa que a infecção pode estar presente sem causar sintomas evidentes, tornando a realização de exames regulares ainda mais importante.
A consulta com um médico é essencial, especialmente se você tiver múltiplos parceiros sexuais ou se algum sintoma incomum surgir após uma relação sexual. Os profissionais de saúde podem solicitar exames específicos, como a cultura bacteriana ou testes de amplificação de ácido nucleico (TAAN), que são altamente eficazes na detecção da presença da bactéria causadora da doença.
Realizar exames preventivos de rotina é uma das melhores formas de identificar a doença precocemente, mesmo antes que os sintomas se manifestem. Mulheres sexualmente ativas, especialmente aquelas com múltiplos parceiros, devem considerar exames regulares como parte de seus cuidados de saúde. Homens que têm relações sexuais com outros homens também estão em um grupo de risco mais elevado e devem realizar testes de rotina.
Além dos exames médicos, ficar atento a qualquer alteração no corpo, como secreções anormais ou dor ao urinar, pode ser um sinal de alerta. Nesses casos, procure um médico imediatamente para o diagnóstico ser feito o mais rápido possível.
O tratamento da gonorreia é feito com o uso de antibióticos, sendo que a cura é geralmente alcançada com a medicação correta. Os antibióticos mais comumente utilizados incluem a ceftriaxona, administrada por injeção, em combinação com azitromicina ou doxiciclina, administradas por via oral. Esse tratamento é geralmente eficaz, eliminando a bactéria do corpo e prevenindo complicações.
É importante seguir à risca as recomendações do médico, tomando todos os antibióticos conforme prescritos, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término do tratamento. Isso ajuda a garantir que a infecção seja completamente eliminada e reduz o risco de desenvolver resistência a antibióticos, o que pode tornar futuras infecções mais difíceis de tratar.
Após o tratamento, é essencial que você e seu(s) parceiro(s) sexual(is) sejam testados novamente para garantir que a infecção foi curada. Durante o tratamento, é recomendado evitar qualquer atividade sexual para não arriscar transmitir a infecção para outras pessoas ou de se infectar novamente.
Em casos mais raros, onde a doença se torna resistente aos antibióticos, o tratamento pode exigir alternativas e combinações diferentes de medicamentos contra a infecção. Por isso, é importante conversar sem tabus com seu médico e seguir todas as recomendações para garantir uma recuperação completa.
Evitar a transmissão desta IST envolve práticas sexuais seguras e consciência sobre os riscos. O uso correto de preservativos de látex durante todas as formas de sexo — vaginal, anal e oral — é a maneira mais eficaz de reduzir significativamente o risco de contrair e transmitir a doença. Preservativos femininos também podem ser utilizados como alternativa para a proteção.
Manter um relacionamento monogâmico com um parceiro saudável é outra forma eficaz de evitar a doença. Além disso, limitar o número de parceiros sexuais reduz as chances de exposição a outras doenças sexualmente transmissíveis.
O mais importante: evite qualquer contato sexual com pessoas que apresentem sintomas de ISTs, como secreção anormal, dor ao urinar ou feridas genitais, até que elas tenham sido testadas e, se necessário, tratadas. Isso ajuda a proteger você e outras pessoas de contrair e espalhar a infecção.
Compreender a gonorreia e suas implicações é essencial para a saúde sexual e para prevenir complicações a longo prazo. Como vimos, essa infecção sexualmente transmissível é causada por uma bactéria que pode ser tratada com antibióticos, mas a detecção precoce é crucial para evitar problemas mais graves. Por isso, manter-se informado e adotar práticas seguras são passos fundamentais para a prevenção.
Se você tem alguma preocupação sobre sua saúde sexual ou quer saber mais sobre como se proteger, não hesite em procurar orientação médica. Tomar medidas preventivas e ficar atento aos sinais do corpo são ações que garantem uma vida sexual mais segura e saudável. Aproveite para compartilhar esse conhecimento com quem você ama e cuide de sua saúde sexual agora mesmo!