Luz azul é uma porção do que, na física, chamamos de espectro visível, um conjunto de cores que variam de acordo com a frequência das ondas eletromagnéticas.
Hoje em dia, o termo é muito atribuído ao tipo de luz que é emitido pelas telas de equipamentos eletrônicos, como celulares, televisores e computadores.
Como gastamos cada vez mais horas em frente a essas telas, a preocupação com o assunto aumenta: afinal, a luz azul prejudica a visão? Precisamos controlar nossa exposição às telas?
A luz azul por si só não é um problema, e sim o contexto em que ela é utilizada. Antes da era da informática, não era comum uma pessoa ficar horas com a visão direcionada para um único lugar, com plena atenção e uma distância curta.
É o que ocorre com quem trabalha em frente a um computador, ou com quem passa horas assistindo vídeos, navegando nas redes sociais e conversando com os amigos pelo celular.
Um dos problemas, segundo o oftalmologista Leon Grupenmacher, em entrevista ao Canaltech, é que costumamos fixar o olhar nas telas e acabamos piscando menos que o normal para não perder a atenção.
Isso prejudica o processo de distribuição da lágrima na superfície ocular, que lubrifica o olho e evita o seu ressecamento.
"A lágrima tem função de lubrificar o olho e deixar a superfície ocular lisa, transparente, para que os raios passem, deixando a visão melhor. Se não se tem essa lágrima, consequentemente, não se tem uma visão nítida. Por isso, não se deve ficar muito tempo em frente à tela", explica Grupenmacher.
As possíveis consequências desse tipo de exposição à luz azul das telas são:
Outro ponto de atenção é em relação ao fato de que, com as telas, usamos muito a visão para perto e pouco a visão à distância.
Segundo a oftalmopediatra Luciana Moraes, na live "Brasil que Enxerga", nesses casos, o olho se alonga e a pupila dilata — e isso pode resultar em uma tendência maior a desenvolver miopia.
Se o hábito de fixar o olhar nas telas for estendido até a hora de dormir, isso pode prejudicar a capacidade de pegar no sono (gerando insônia) e a sua qualidade. Afinal, a exposição direta à luz azul suprime a produção da melatonina, hormônio regulador do sono.
A longo prazo, de acordo com a oftalmologista Mônica Cunha Signorelli, em entrevista à Band TV, os maus hábitos podem levar a problemas ainda maiores.
"Podemos ter catarata e desenvolvimento de lesões na superfície ocular. A exposição crônica também danifica os tecidos retinianos, o local onde a gente recebe a imagem", alerta a médica.
Como muitos de nós precisam do contato com as telas para trabalhar ou estudar, não é viável eliminar a luz azul de nossas vidas.
Em vez disso, recomendamos alguns hábitos e práticas que podem ajudar na qualidade da sua saúde ocular e que reduzem os malefícios que a exposição frequente à luz dos equipamentos eletrônicos pode causar. Veja:
Para saber sobre outras medidas e verificar se há a necessidade de usar lentes, consulte um oftalmologista.
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